Em entrevista ao Vermelho, ela falou da responsabilidade de representar as ideias do PCdoB. Durante a última reunião do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil – realizada em São Paulo, nos dias 4 e 5 de junho – a pré-candidatura de Manuela d’Ávila para a Prefeitura da capital do Rio Grande do Sul foi definida como uma das prioridades do partido para as eleições do próximo ano.
“Nosso partido tem se destacado nas administrações em que está à frente por construir políticas públicas focadas na participação, no desenvolvimento e no diálogo, e esta será uma das marcas que iremos levar para a disputa em Porto Alegre”, afirmou a parlamentar – que atualmente preside a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, na Câmara Federal.A deputada federal mais votada da história do Rio Grande do Sul – com quase meio milhão de votos – falou ainda da possibilidade de sua candidatura reeditar a aliança que elegeu Tarso Genro governador do Rio Grande do Sul, em 2010. “Promoveremos – nós, PSB, PT, PRB –, a partir de agosto, um ciclo de debates cujos temas são as novas ideias para organizarmos a cidade que queremos”.Aos 29 anos, Manuela – que iniciou sua trajetória política no movimento estudantil – ressaltou que as questões que envolvem a juventude serão sempre prioridades. “Um país soberano, uma nação e uma cidade se consolidam com desenvolvimento e, para isso, é preciso que nossos jovens tenham chances de estudar, trabalhar e crescer”.
Vermelho: Quais são os preparativos e as articulações necessárias para a concretização de sua candidatura em 2012?Manuela: Esse é um momento de avaliação e conversas. Há uma possibilidade de reeditarmos a aliança que elegeu Tarso Genro governador do Rio Grande do Sul, em 2010. Além disso, promoveremos – nós, PSB, PT, PRB –, a partir de agosto, um ciclo de debates cujos temas são as novas ideias para organizarmos a cidade que queremos. No dia 4 de julho, data do lançamento da nossa Conferência, apresentaremos este projeto com datas e temas. Visitaremos, também, todos os bairros de Porto Alegre para ouvirmos a população (participação) e conheceremos experiências bem-sucedidas, nacionais e internacionais. Temos feito estudos e debates bastante importantes, pensando de que forma podemos, de fato, contribuir para uma cidade melhor, para resgatar o protagonismo que Porto Alegre sempre teve. Tudo isso para pensarmos a Porto Alegre que queremos.
Vermelho: A notícia sobre sua pré-candidatura já foi divulgada por veículos de imprensa estaduais e nacionais. Como foi a repercussão e como os seus eleitores receberam a notícia?Manuela: Muitos perguntam sobre isso nas ruas, nas redes sociais. Há bastante manifestações de apoio e a maioria demonstra simpatia porque acredita e quer uma mudança de atitude e de visão de cidade. Mas tenho um mandato bastante desafiador e que segue em ritmo muito acelerado. O ano de 2011 começou com o desafio de presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias; há pouco ainda coordenava a bancada federal gaúcha. Esses são os motivos principais das conversas com a população. O nosso olhar está muito voltado para o presente.
Vermelho: Sob o seu ponto de vista, quais seriam as maiores diferenças entre a pré-candidatura de 2012 e a de 2008?Manuela: São quatro anos de muito trabalho, em que pude conhecer experiências bem sucedidas de administração, em que fortalecemos a forma do PCdoB de governar – respeitando e incluindo a população, visando ao desenvolvimento, garantindo políticas públicas. As trocas e os diálogos desses quatro anos têm sido muito enriquecedores e a comprovação disso pode ser vista nas cidades administradas pelo PCdoB. Além disso, eu me dediquei, pessoalmente, ao estudo de soluções para os problemas que a cidade vive.
Vermelho: O PSB declarou no último dia 4 de junho apoio à sua candidatura. Como a união das forças de esquerda em Porto Alegre pode contribuir para a construção de um novo governo municipal?Manuela: O PSB é aliado leal e nosso parceiro em diversas lutas em defesa do povo e do desenvolvimento do país. Na eleição do governador Tarso unimos a esquerda em torno de um objetivo comum e vencemos. Essa união foi decisiva porque trouxe de volta ao Rio Grande do Sul a unidade política, há anos inexistente. Reeditar essa unidade na eleição em 2012 tem a mesma importância, pois reforça que todos temos um mesmo objetivo, programa, ideal e conceito de cidade. Concretamente, o cenário político aponta que, em 2008, quando estivemos separados, perdemos a eleição em Porto Alegre; o mesmo aponta que, em 2010, quando juntos, vencemos as eleições para o governo estadual. Esse alinhamento político recolocou o Rio Grande no centro das principais ações do país. O mesmo precisa acontecer com Porto Alegre. A cidade precisa se situar no calendário do país e a unidade política potencializa isso.
Vermelho: Você foi apontada recentemente pela revista Épocacomo uma das 40 personalidades com menos de 40 anos mais influentes do Brasil. Em sua opinião, quais são as características políticas e pessoais que conferem a você essa influência nacional?Manuela: Diálogo, atitude e transparência. A política ainda é vista em nosso país sob o prisma da corrupção, do vale tudo, do descrédito. Quanto tu te colocas de frente para as pessoas, mostra teu trabalho e o seu resultado, quando ouve, troca, recebe críticas e abre um canal permanente de comunicação, o resultado é esse. Acabo por envolver as pessoas na minha rotina e eles conseguem acompanhar meu dia todo (especialmente pelo twitter), conhecem minha opinião sobre os principais temas. Consolidamos uma relação transparente mesmo quando divergimos. Mas não basta diálogo e transparência. É preciso atitude. E atitude política com foco nos desafios, nos grandes projetos e não em pequenas disputas. Por isso acredito que a combinação desses três fatores é chave para esse apontamento da revista Época.
Vermelho: Quais os diferenciais e benefícios que uma administração comunista pode trazer para Porto Alegre?Manuela: A inovação e a ousadia. Porto Alegre já esteve à frente de outras capitais por diversos fatores e a participação popular é uma delas. Perdemos esse protagonismo e é preciso recuperá-lo. Como? Valorizando o que temos de mais importante, ao mesmo tempo em que inovamos. E essa inovação se dá em diversas áreas, mas é preciso ousar. Porto Alegre merece ter uma administração que pensa o futuro, mas melhora o presente da sua população; que propõe grandes obras e soluções viárias, mas garante transporte de qualidade hoje e viabiliza ciclovias. Precisamos explorar o potencial esquecido de cidade sustentável, investir em ações de combate à lentidão da administração pública e desburocratizar rotinas. Revitalizar o centro histórico e bairros abandonados também é ação urgente, assim como o estímulo a setores dinâmicos de serviço, gerando emprego e desenvolvimento. Muitas dessas são propostas simples e inovadoras. Simples porque são possíveis, inovadoras porque ainda não fora feitas. Mas tem muito mais, certamente.
Vermelho: Quais serão as bandeiras da sua candidatura?
Manuela: Uma gestão que organiza a cidade para as pessoas poderem investir e viver melhor, com serviços qualificados (transporte e limpeza), com debate sério e diálogo permanente. Uma gestão com participação, porque considero importante ouvirmos a comunidade sobre as políticas públicas voltadas para a saúde e a educação. Uma gestão que potencializa as vocações de Porto Alegre como cidade da tecnologia e da cultura. Desde 2008 propomos novas soluções para os velhos problemas, Porém, não houve avanços para população e eles ainda vivenciam os mesmos problemas, alguns agravados por denúncias de desvios de verbas da saúde e dos programas voltados para a juventude (como o Projovem). Nós vamos construir uma gestão com eficiência e transparência, valorizando e potencializando as vocações de Porto Alegre.
Vermelho: A bandeira da juventude continua em evidência em seu mandato e será uma prioridade para Porto Alegre?Manuela: Juventude é prioridade sempre. Um país soberano, uma nação e uma cidade se consolidam com desenvolvimento e, para isso, é preciso que nossos jovens tenham chances de estudar, trabalhar e crescer. Eles são parte fundamental do projeto de uma Porto Alegre melhor, mais avançada, com perspectivas de futuro e, especialmente, com um presente organizado, planejado. Para aproveitarmos o potencial imenso dos jovens – que são nosso presente –, temos de dar a eles o que fazer, opções. Precisamos, para isso, de uma cidade inovadora e moderna.
Vermelho: Quais são os preparativos e as articulações necessárias para a concretização de sua candidatura em 2012?Manuela: Esse é um momento de avaliação e conversas. Há uma possibilidade de reeditarmos a aliança que elegeu Tarso Genro governador do Rio Grande do Sul, em 2010. Além disso, promoveremos – nós, PSB, PT, PRB –, a partir de agosto, um ciclo de debates cujos temas são as novas ideias para organizarmos a cidade que queremos. No dia 4 de julho, data do lançamento da nossa Conferência, apresentaremos este projeto com datas e temas. Visitaremos, também, todos os bairros de Porto Alegre para ouvirmos a população (participação) e conheceremos experiências bem-sucedidas, nacionais e internacionais. Temos feito estudos e debates bastante importantes, pensando de que forma podemos, de fato, contribuir para uma cidade melhor, para resgatar o protagonismo que Porto Alegre sempre teve. Tudo isso para pensarmos a Porto Alegre que queremos.
Vermelho: A notícia sobre sua pré-candidatura já foi divulgada por veículos de imprensa estaduais e nacionais. Como foi a repercussão e como os seus eleitores receberam a notícia?Manuela: Muitos perguntam sobre isso nas ruas, nas redes sociais. Há bastante manifestações de apoio e a maioria demonstra simpatia porque acredita e quer uma mudança de atitude e de visão de cidade. Mas tenho um mandato bastante desafiador e que segue em ritmo muito acelerado. O ano de 2011 começou com o desafio de presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias; há pouco ainda coordenava a bancada federal gaúcha. Esses são os motivos principais das conversas com a população. O nosso olhar está muito voltado para o presente.
Vermelho: Sob o seu ponto de vista, quais seriam as maiores diferenças entre a pré-candidatura de 2012 e a de 2008?Manuela: São quatro anos de muito trabalho, em que pude conhecer experiências bem sucedidas de administração, em que fortalecemos a forma do PCdoB de governar – respeitando e incluindo a população, visando ao desenvolvimento, garantindo políticas públicas. As trocas e os diálogos desses quatro anos têm sido muito enriquecedores e a comprovação disso pode ser vista nas cidades administradas pelo PCdoB. Além disso, eu me dediquei, pessoalmente, ao estudo de soluções para os problemas que a cidade vive.
Vermelho: O PSB declarou no último dia 4 de junho apoio à sua candidatura. Como a união das forças de esquerda em Porto Alegre pode contribuir para a construção de um novo governo municipal?Manuela: O PSB é aliado leal e nosso parceiro em diversas lutas em defesa do povo e do desenvolvimento do país. Na eleição do governador Tarso unimos a esquerda em torno de um objetivo comum e vencemos. Essa união foi decisiva porque trouxe de volta ao Rio Grande do Sul a unidade política, há anos inexistente. Reeditar essa unidade na eleição em 2012 tem a mesma importância, pois reforça que todos temos um mesmo objetivo, programa, ideal e conceito de cidade. Concretamente, o cenário político aponta que, em 2008, quando estivemos separados, perdemos a eleição em Porto Alegre; o mesmo aponta que, em 2010, quando juntos, vencemos as eleições para o governo estadual. Esse alinhamento político recolocou o Rio Grande no centro das principais ações do país. O mesmo precisa acontecer com Porto Alegre. A cidade precisa se situar no calendário do país e a unidade política potencializa isso.
Vermelho: Você foi apontada recentemente pela revista Épocacomo uma das 40 personalidades com menos de 40 anos mais influentes do Brasil. Em sua opinião, quais são as características políticas e pessoais que conferem a você essa influência nacional?Manuela: Diálogo, atitude e transparência. A política ainda é vista em nosso país sob o prisma da corrupção, do vale tudo, do descrédito. Quanto tu te colocas de frente para as pessoas, mostra teu trabalho e o seu resultado, quando ouve, troca, recebe críticas e abre um canal permanente de comunicação, o resultado é esse. Acabo por envolver as pessoas na minha rotina e eles conseguem acompanhar meu dia todo (especialmente pelo twitter), conhecem minha opinião sobre os principais temas. Consolidamos uma relação transparente mesmo quando divergimos. Mas não basta diálogo e transparência. É preciso atitude. E atitude política com foco nos desafios, nos grandes projetos e não em pequenas disputas. Por isso acredito que a combinação desses três fatores é chave para esse apontamento da revista Época.
Vermelho: Quais os diferenciais e benefícios que uma administração comunista pode trazer para Porto Alegre?Manuela: A inovação e a ousadia. Porto Alegre já esteve à frente de outras capitais por diversos fatores e a participação popular é uma delas. Perdemos esse protagonismo e é preciso recuperá-lo. Como? Valorizando o que temos de mais importante, ao mesmo tempo em que inovamos. E essa inovação se dá em diversas áreas, mas é preciso ousar. Porto Alegre merece ter uma administração que pensa o futuro, mas melhora o presente da sua população; que propõe grandes obras e soluções viárias, mas garante transporte de qualidade hoje e viabiliza ciclovias. Precisamos explorar o potencial esquecido de cidade sustentável, investir em ações de combate à lentidão da administração pública e desburocratizar rotinas. Revitalizar o centro histórico e bairros abandonados também é ação urgente, assim como o estímulo a setores dinâmicos de serviço, gerando emprego e desenvolvimento. Muitas dessas são propostas simples e inovadoras. Simples porque são possíveis, inovadoras porque ainda não fora feitas. Mas tem muito mais, certamente.
Vermelho: Quais serão as bandeiras da sua candidatura?
Manuela: Uma gestão que organiza a cidade para as pessoas poderem investir e viver melhor, com serviços qualificados (transporte e limpeza), com debate sério e diálogo permanente. Uma gestão com participação, porque considero importante ouvirmos a comunidade sobre as políticas públicas voltadas para a saúde e a educação. Uma gestão que potencializa as vocações de Porto Alegre como cidade da tecnologia e da cultura. Desde 2008 propomos novas soluções para os velhos problemas, Porém, não houve avanços para população e eles ainda vivenciam os mesmos problemas, alguns agravados por denúncias de desvios de verbas da saúde e dos programas voltados para a juventude (como o Projovem). Nós vamos construir uma gestão com eficiência e transparência, valorizando e potencializando as vocações de Porto Alegre.
Vermelho: A bandeira da juventude continua em evidência em seu mandato e será uma prioridade para Porto Alegre?Manuela: Juventude é prioridade sempre. Um país soberano, uma nação e uma cidade se consolidam com desenvolvimento e, para isso, é preciso que nossos jovens tenham chances de estudar, trabalhar e crescer. Eles são parte fundamental do projeto de uma Porto Alegre melhor, mais avançada, com perspectivas de futuro e, especialmente, com um presente organizado, planejado. Para aproveitarmos o potencial imenso dos jovens – que são nosso presente –, temos de dar a eles o que fazer, opções. Precisamos, para isso, de uma cidade inovadora e moderna.