terça-feira, 5 de julho de 2011

PCdoB lamenta morte do “eminente patriota” Itamar Franco

Em nota assinada por seu presidente nacional, Renato Rabelo, o PCdoB manifestou pesar pela morte do senador e ex-presidente da República Itamar Franco (PPS). Chamado por Renato de “nacionalista”, “democrata” e “eminente patriota”, Itamar faleceu neste sábado (2), aos 81 anos, em São Paulo, onde estava internado desde o dia 21 de maio.

“O Partido Comunista do Brasil sempre nutriu uma relação de respeito e diálogo com o ex-presidente”, registra Renato. Segundo ele, o PCdoB apoiou Itamar em ocasiões como “o segundo turno para a disputa do governo de Minas em 1998” e no chamamento do político mineiro “para combater o projeto neoliberal” da era FHC. 

O Partido Comunista do Brasil lamenta profundamente a perda do ex-presidente da República Itamar Franco e se solidariza com seus familiares. O país fica sem um dos mais importantes brasileiros, que honrou durante sua vida pública as qualidades mais nobres de um nacionalista e democrata. Em todos os cargos que ocupou, Itamar sempre colocou em primeiro lugar os interesses da pátria e do seu povo.

Filho da tradicional política mineira e querido pelo seu povo, foi eleito duas vezes prefeito de Juiz de Fora, quatro vezes Senador, governador de Minas. Eleito vice-presidente da República, seu papel foi fundamental num dos mais delicados períodos da vida política nacional pós-Ditadura Militar. Com muita determinação e espírito democrático, assumiu a Presidência e conduziu com grande capacidade quando o titular foi tirado do poder pela força popular das ruas. Agiu naquele momento com serenidade e sabedoria, saindo da Presidência com altos índices de aprovação.

O Partido Comunista do Brasil sempre nutriu uma relação de respeito e diálogo com o ex-presidente. Os comunistas marcharam juntos com Itamar algumas vezes, seja no apoio que o Partido deu no segundo turno para a disputa do governo de Minas em 1998, ou marchando nas ruas, quando Itamar eleito chamou o povo mineiro para combater o projeto neoliberal que se implementava no país a partir da Presidência de Fernando Henrique Cardoso.

Fica para a história o dia que Itamar abriu as portas do Palácio da Liberdade, sede do governo de Minas, para receber uma manifestação estudantil e quando posicionou tropas nas margens da Hidrelétrica de Furnas, numa manifestação contra o governo federal que queria fazer sua privatização. Convicto defensor de um Estado forte, ainda como governador de Minas, retomou judicialmente o controle acionário da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

A Nação sentirá falta deste eminente patriota, mas saberá destacar os importantes momentos de sua trajetória e honrar sua exemplar conduta pública.

Belo Horizonte, 02 de julho de 2011

Renato Rabelo
Presidente Nacional do Partido Comunista do Brasil